Résumé : A migração familiar filipina resulta em muitas crianças “deixadas para trás” aos cuidados de parentes, mas reunificações familiares subsequentes podem disparar ajustes emocionais na díade criança-cuidador(a). Partindo de trabalhos de campo etnográficos realizados na França, na Itália e nas Filipinas, este artigo visa lançar luz sobre essas mudanças. Examinando casos de migrantes da geração 1.5 na França e na Itália e seus parentes cuidadores que permaneceram nas Filipinas, este artigo descortina a natureza mutável e flexível dos cuidados infantis em famílias transnacionais filipinas e as dificuldades emocionais interligadas entre cuidadores, crianças e pais. A despeito destas, a relação cuidador(a)-criança perdura para além de fronteiras, ao mesmo tempo em que migrantes da geração 1.5 reconhecem os esforços de seus pais e cuidadores.