par Carboni Maestri, Gregorio
Référence Conjuntura & planejamento, 126, page (2)
Publication Publié, 2001
Article de presse ou de vulgarisation
Résumé : Itália. Abril de 1996. Facto histórico. O antigo maior partido comunista do Ocidente, aliado à pequenas agregações centristas, vence as eleições nacionais, depois de passar 50 anos à margem da gestão do Estado, devido ao veto ianque, da Igreja e do capital, apesar de contar com cerca de 30% do eleitorado. O Partido da Refundação Comunista, que nascera em 1991, quando o PCI mudara de nome para Partido dos Democratas de Esquerda [PDS], assumindo-se social-democrata, apoiara, de fora, a coligação. O PRC formara-se com operários, Estalinistas, maoistas, sindicalistas, trotskistas, etc. que se haviam negado a terminar a luta anti-capitalista. Nem mesmo no horizonte político, a coligação do Ulivo prometia o socialismo. Para o PDS, a democracia burguesa era agora "valor universal". Prometia apenas as melhorias sociais exigidas por um país governado pelo capital desde a queda do fascismo. A vitória era ainda mais completa pois coroava o fim de seis meses de governo de Berlusconi, desorganizado por mobilizações de massas contra as privatizações, os cortes sociais, a destruição das leis trabalhistas.